É. Estou até sem palavras. Não só por ter acabado esta incrível edição, mas também pelo que foi este último dia. Desafio qualquer um dos presentes a traduzir aquilo ali em palavras. Porque foi muita emoção. Emoção, tensão, nervosismo, superação... Uma mistura de coisas que fizeram com que o fechamento desta edição tão especial do Torneio Tontri da Árvore fosse inesquecível. Mas bom, já que tem que contar pra ver se acreditam, vamos tentar.
O primeiro jogo das semi-finais colocou de frente o Red Bulls, primeiro a se classificar para as quartas e segundo melhor da classificação geral, diante do Porto, classificado para as quartas no sufoco, com um empate no fim em um jogo dos mais tensos contra o Golo-Golo. Mas o Porto veio embalado pela vitória nas quartas que eliminou o poderosos BEC. O Red Bulls também tinha moral por ter eliminado o La Furia que é sempre osso duro de roer. O jogo poderia até ser equilibrado. Não fosse um fator: o fator Cássio. O camisa 11 do Porto fez 2 dos 3 gols do seu time e deu assistência para o terceiro. Ou seja, o Cassio participou de todos os gols do seu time, que levou apenas um do Red Bulls, e, assim, avançou para a final.
Aqui começo a perder de vez as palavras. Isto porque já perdi o fôlego durante a partida. E muita gente perdeu as unhas, o ar, a cabeça... Tudo graças ao Atlético Mineiro do Torneio da Árvore! Eles são Os Karas! O time que já havia batido o atual campeão CMB, nos penaltis, tinha pela frente o melhor time da primeira fase: o Madeirada. De um lado, um time quase sem reservas e do outro, uma legião de vermelho. Mas essa legião do Madeirada quase que precisava só de um guerreiro: Danny. O Danny fez 3 gols e deu uma assitência. Participou de 4 dos 5 gols do seu time. Mas do outro lado, eram poucos jogadores, mas com uma força de grupo e de superação incríveis. Talvez estes tenham sido os fatores de sucesso, porque Os Karas superaram o cansaço, as caimbras e, sempre à frente no placar, levaram a decisão para os penaltis. Mas antes dos penaltis, aconteceu um dos lances mais incríveis que já vi na vida. Em um ataque no fim da partida, Os Karas meteram 4 bolas consecutivas na trave! Isso mesmo! 4 carimbadas na trave em sequência! Mas na última delas, o Vitim do Madeirada resolveu atacar de goleiro e meteu a mão na bola. Mas ele não era goleiro. Penalti pros Karas que converteram e ficaram na frente do placar a 1 minuto do fim. Mas 1 minuto foi ainda suficiente pro Danny igualar o marcador: 4 x 4 no tempo normal. E na prorrogação? Obviamente, mais um empate: 1 x 1. 5 a 5 no geral e penaltis. Nos penaltis, parecia que o Madeirada ia se dar bem quando converteu as 3 primeiras cobranças e viu um dos Karas perder uma. Mas lembram daquelas traves malditas? Pois é! Desta vez elas jogaram a favor dos Karas e pararam os dois últimos penaltis do Madeirada (uma das cobranças bateu nas duas traves!). E o Kara, o predestinado, foi o último da bola: Titita! Ele converteu e botou seu time na grande final!
Bom, da disputa de terceiro lugar não tenho muito pra falar. Até porque ninguém fez muito. Red Bulls e, principalmente, Madeirada sentiram o golpe da eliminação e fizeram um jogo morno, sem muitas emoções. Parecia que ninguém queria muito os 300 reais. Isso dá mais de 2 caixas de cerveja, galera! Se ninguém quer, eu bebo elas e não me importo nem um pouco. Hehe. Não tivemos grandes artilheiros, garçons, nem nada. Tivemos muitas faltas, isso sim. Foi o jogo com mais faltas do dia, 15 (9 do Madeirada e 6 do Red Bulls). O Madeirada queria brincar e o Red Bulls brigar (entre eles). E, brincando, o Madeirada conseguiu um placar até expressivo: 5 x 2.
A grande final. Grande mesmo porque p*%&$! Eu precisando ir embora, o tempo de aluguel da quadra vendendo e essa galera querendo morrer e matar a gente! Sim! Culpa do Atlético Mineiro do campeonato de novo, que não sabe brincar com 40 minutos só. Bom, logo de cara, parecia que o cara do jogo não seria dos Karas, mas sim do Porto. Cassio, (aquele mesmo do fator), já começou fazendo um golaço! E tomando um cartão amarelo... Mas os Karas empataram logo na sequência. E, mais uma vez, foi um jogo lá e cá. Gol lá, gol cá. Falta lá, falta cá. Nesse lá e cá, faltando menos de 3 minutos pra acabar a partida, tivemos 4 gols. 2 pra cada lado. Sendo os dois dos Karas muitos parecidos e do mesmo cara que completava seu hat-trick na partida: Junim. E do lado do Porto, brilhou também um Juninho no último gol, praticamente no último lance, empatando a partida. Ou seja? Mais uma prorrogação com Os Karas. E parecia que eles não iam aguentar desta vez. Faltava perna e sobrava caimbra. Ainda mais que o Porto tinha o fator Cassio! Tinha. Cassio, que ja tinha feito 3 gols no jogo (e tomado um amarelo), fez uma falta sem maldade, mas dura, e acabou levando seu segundo cartão amarelo. Se Os Karas sentiam caimbras, o Porto sentiu a falta do seu camisa 11. Sem Cassio, o Porto perdeu poder de decisão e em um momento que precisava tanto. Mas decisão é com Tutty, dos Karas, que fez o único gol da prorrogação e dispensou os penaltis desta vez! Eles são mesmo OS KARAS! Que vitórias fantásticas! Que poder de superação! Parabéns Pequeno, Chavinho, Junim, Tutty, Titita, Telo e Kbeção!
É. Acabou. Mas valeu muita a pena, como sempre vale. Eu (TT) e o Barroso gostaríamos de agradecer imensamente a participação e confiança de vocês. Além do apoio indispensável da Tontri Esportes e da Leitura do Pátio Savassi. Fazer esse torneio é sempre um prazer enorme e, a cada edição, a gente entende porque começamos e, principalmente, porque continuamos. Chegar à décima edição é a consolidação de uma história de dedicação e amizades. Ao longo desses anos, fizemos tantos amigos que já valeria a pena qualquer tempo dedicado. E ver um campeonato com um nível desses, com jogos tão incríveis, nos faz ter certeza de que teremos o próximo (e os próximos)! Então, já fica aqui o convite! Nos vemos no segundo semestre! Um grande abraço a todos!